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Pai e Mãe – A força dos nossos ancestrais

Pai e Mãe – A força dos nossos ancestrais

Um dos pontos importantes em relação as Constelações Familiares é honrar a ancestralidade. Esse é um passo crucial para que possamos tomar a vida em nossas mãos. Aceitar a história da forma como ela aconteceu e compreender que os pais foram os responsáveis por dar a vida e permitir que a jornada do indivíduo aconteça.

Ainda que os pais não tenham sido presentes na vida da pessoa é preciso honrá-los, e essa é uma etapa muito complexa, pois a criança interior pode estar muito ferida por ter vivido distante dos pais, de forma física ou emocional. É preciso aceitar a jornada individual desses pais, para liberar essas energias e permitir o crescimento do indivíduo.

Em alguns casos esses conflitos são reproduzidos de geração para geração causando dor e problemas no relacionamento entre pais e filhos, mas que ocorrem por emaranhamentos ocorridos muitas gerações antes. Ou seja, um avô, ou avó que não receberam demonstrações de carinho de seus pais podem não demonstrar sentimentos e não serem carinhosos para seus próprios filhos. Não por falta de amor, mas por terem aprendido dessa forma.

Acredita-se que os pais, de alguma forma podem ser considerados mestres do amor e, ou da dor. Em muitos casos o papel que eles representam é o de mestres da dor.

Quando suas ações estão relacionadas ao amor os pais são aqueles que protegem, apresentam as belezas do mundo, mostram o quanto aqueles filhos são amados e bem vindos.

E quando estão relacionadas a dor, darão os limites, causarão frustrações ou ainda, o impulsionamento para que seus filhos saiam da zona de conforto e se direcionem para a própria vida.

Durante os processos de crescimento pelos quais as pessoas passam, muitas ações dos pais não são compreendidas por seus filhos. As crianças podem interpretar as ações de seus pais de maneiras diferentes, isso pode fazer com que essa pessoa possa ter uma visão distorcida de si mesmo, ou fazer com que ela tenha crenças limitantes em relação a sua própria capacidade, o que vai interferir na forma como essa criança, quando adulta vai se desenvolver.

Isso não quer dizer que esses pais acertaram ou erraram. Mas que para o amor fluir livremente, o ser já adulto aceita a sua história, aceita e respeita os pais que tem, a sua família de forma geral, irmãos, avós e outros antepassados e familiares diretos. Quando uma pessoa renega sua história não apenas ela, mas todo o sistema fica envolvido nessas memórias de dor.

É interessante perceber que como falado no início do texto, nossos pais, assim como nossos avós, bisavós, tataravós também precisaram viver com própria criança interior, e suas dores, inseguranças, desafios.

Ao rejeitarmos nossos pais, é como se rejeitássemos a nós mesmos, já que somos 50% de cada um deles. As pessoas que não respeitam ou  aceitam seus ancestrais podem se sentir desencaixados, sem raízes, e desenvolver problemas para se relacionar pessoal ou profissionalmente. Em alguns casos, esse distanciamento de suas raízes é o que faz com que muitas pessoas fiquem estagnadas em muitas áreas da vida.

O paradoxo dessa jornada é que a criança tem nos pais os seus heróis e cobra deles uma perfeição acima de sua condição humana, o que a desafia em seu crescimento. A ironia é que a não realização de nosso potencial está justamente no fato de não aceitarmos a vida que veio por meio de nossos pais, em sua inteireza. Ou seja, com todas as dores e desafios que nos foram apresentados. Enquanto ela cobra o que acredita que deveria receber, perde a oportunidade dela mesma alcançar o que deseja por meio de seus próprios potenciais.

Sob a ótica da criança a vida é fantasia, e não podemos exigir que ela não sonhe e deseje finais felizes. No entanto a vida é um emaranhado de emoções, alegrias, tristezas, dores, contentamentos, crenças, condicionamentos, memórias, heranças ancestrais. Cada um tem suas próprias questões, e aqui está nessa vida para evoluir e desenvolver sua trajetória. Esta é a aventura da alma. O final feliz depende única e exclusivamente de viver sua própria vida tal qual ela é. Somos nós os heróis de nossa jornada.

A constelação familiar traz esse esclarecimento, essa verdade: o maior tesouro que alguém pode receber dos pais é a vida. E através dessas novas vidas que esse sistemas se renovam e continuam. Quando você se cura, você ajuda a curar toda a sua ancestralidade. Tomar a vida nas mãos consiste em reconhecer a grandeza dos seus pais, como canais para a nossa existência.

Pai é o caminho para a vida. Aquilo que nos move. Quando concordamos com o pai, por ser como é, é possível seguir o nosso próprio caminho. A mãe é a prosperidade. O sucesso em nossas escolhas e relacionamentos. Entrar em concordância com a mãe aceitando-a em sua totalidade, nos permite desfrutar de todas as bênçãos que a vida nos reserva.

E você? Como está a sua relação com seus ancestrais? Você sente a força deles na sua vida? Conte para a gente aqui nos comentários. 

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